A demolição das casas, lançado a 13 de Fevereiro de 2021, é o EP de estreia do músico português Humberto. Este trabalho alberga um conjunto de canções originais que têm como leitmotiv a forma como habitamos e encenamos histórias no interior e em redor das casas - representadas aqui por uma série de convulsões metafísicas e relacionais.
O material para este projecto de música a solo foi escrito em três cidades distintas - Londres, Porto e Lisboa, em habitações e bairros de identidades distantes, no espaço de 5 anos. A impossibilidade de se habitar uma casa constante, a influência e as condições que a habitação imprime na existência, foram o motor para a pesquisa e a escrita das canções que integram este objecto. A “casa” - o grande palco das peças do teatro quotidiano – e possivelmente o objectivo para o qual grande parte das pessoas aspira e trabalha. Sendo um lugar idealmente de abrigo, é também onde acontecem os episódios mais trágicos. A casa que na contemporaneidade se tornou num desejo intangível, objecto de especulação imobiliária e motor de uma economia onde a argamassa assenta num sobreviver precário. Em “A demolição das casas” constrói-se um repositório de problemáticas que se referem a um habitar concreto e presente, ampliado pelo contexto que nos obriga a ficar dentro das casas, assistindo a desmoronamentos interiores, a transformações do hábito.

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About the álbum:

“A demolição das casas” (The demolition of houses) is the debut EP by Portuguese musician Humberto. This work contains a set of original songs that have as leitmotiv the way we inhabit and stage stories inside and around houses - represented here by a series of metaphysical and relational upheavals.
The material for this solo music project was written in three different cities - London, Porto and Lisbon, in houses and neighborhoods with distant identities, in the space of 5 years. The impossibility of inhabiting a constant home, the influence and the conditions that the housing imprints in existence, were the engine for the research and writing of the songs that integrate this object. The “house” - the big stage for everyday theater plays - and possibly the goal for which most people aspire and work. Ideally a shelter, it is also where the most tragic episodes take place. The house that nowadays has become an intangible desire, the object of real estate speculation and the engine of an economy where mortar is based on a precarious survival. In “The demolition of houses” a repository of problems is built that refer to a concrete and present dwelling, amplified by the context that forces us to stay inside the houses, watching interior collapses, changes in habit.

Videos and more at:
www.youtube.com/channel/UCTH49y_1eZxKFgK1IZm404Q